Aumento do consumo virtual e pouca presença digital de empresas pet demonstram vasto campo a ser explorado.
A tecnologia e a internet estão mudando a forma como os consumidores pensam e adquirem novos produtos. A facilidade de fazer uma compra segura sem sair de casa está atraindo cada vez mais investidores para este segmento digital, principalmente no Brasil.
Mercado oportuno
De acordo com dados da PagBrasil, o país ocupa a segunda posição global no ranking de horas diárias passadas online – 4:59 no desktop e 3:56 em dispositivos móveis.
Ao longo de 2017, mais de 55 milhões de brasileiros compraram online pelo menos uma vez. O número representa um crescimento de 15% comparado com o ano anterior. Um dos segmentos que possuem alto potencial de crescimento neste universo é o mercado pet, visto que Brasil já é o terceiro maior em faturamento no mundo.
No e-commerce, o setor pet também vai bem. Marcelo Varon, diretor de produtos digitais do UOL, destaca que as lojas de produtos pet hospedadas na plataforma estão entre os dez seguimentos que mais faturam. “O mercado de produtos e serviços voltado a animais de estimação possui muitas possibilidades de crescimento, é um nicho em constante evolução e quem enxergar essa possibilidade com certeza colherá bons resultados”, afirma Varon.
Para ingressar no e-commerce é necessário estudar muito sobre o mercado, buscar os concorrentes e seguir um planejamento com metas a curto e longo prazo. Após esse período de pesquisa, o lojista deve procurar uma plataforma confiável, que seja fácil de usar e responsiva, para atender a demanda de compras pelo celular e tablet.
“Os e-commerces apresentaram um crescimento de dois dígitos nos últimos anos. Quando se possui apenas a loja física, seu alcance é local, mas no momento em que vai para o online o alcance é nacional e funciona sem parar todos dos dias”, complementa o especialista do UOL.
De olho nas tendências
Uma das maiores lojas brasileiras de produtos pet que decidiu embarcar nessa tendência quando era ainda promissora foi a Petz, que iniciou seu e-commerce em 2008, após muitas discussões de conceito, benchmarking e a vinda de executivos experientes de mercado.
“Estamos há quase dez anos no universo online e nos últimos anos temos intensificado as ações no canal. Sempre recomendo para quem estiver pensando em investir que estude esse conceito, pois é totalmente diferente do varejo físico, e busque cursos, especializações e muito planejamento para chegar em um bom e consistente plano de negócios”, sugere Daniel Nepomuceno, gerente do e-commerce da Petz.
A marca afirma que um de seus diferenciais é a entrega no mesmo dia para compras em algumas regiões, assinatura de produtos para recebimento recorrente, com descontos de 10% e, caso for escolhido a retirada na loja, o desconto pode chegar a até 15%. A rede está entre as empresas que mais cresceram no comércio online, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), com 252% de aumento nos últimos três anos.
O gerente também pontua que a Petz está presente em todos os canais de mídia digital. “Sempre nos preocupamos em levar a mensagem mais adequada ao momento de cada consumidor”. Além do e-commerce, a empresa possui, atualmente, 80 lojas.
A importância das ferramentas digitais
Após estar preparado para iniciar o negócio online, é hora de pensar em como difundir a nova loja e atrair mais clientes, e nenhum lugar melhor que a própria internet. Para isso, o lojista precisa estar ciente de que deverá conhecer minimamente as ferramentas digitais disponíveis.
“Na internet, devemos estar preparados para uma abordagem em todos os canais, mas a escolha de algo mais específico, como o Facebook, vai depender da estratégia de comunicação escolhida. A melhor maneira de se preparar é recorrer a uma agência ou formar uma equipe interna que conheça todos os processos, desde a criação do conteúdo até a otimização e gerenciamento de uma campanha online”, explica Frederico Cappellato, consultor em mídias digitais da Dolce Midia.
Cautela
Apesar de serem de extrema importância nos negócios, é preciso cautela no uso das redes no momento de se realizar campanhas, principalmente quando houver investimento de capital. Segundo Valéria Melo, sócia-diretora do grupo Ambplan, não se pode acreditar que o simples fato de investir dinheiro em redes sociais é a resposta.
“Antes de fazer um anúncio no Facebook, Instagram, Google ou qualquer outro, são necessárias muitas horas de estudo, pois é importante conhecer o perfil do seu público alvo, as afinidades, o poder aquisitivo, a localização geográfica, hobbies e muitos outros fatores, somente após fazer tudo isso é que você pode testar investir os primeiros R$ 10,00 e ainda assim com muito cuidado. Você precisará acompanhar os resultados e fazer ajustes rotineiramente; se um concorrente fez e se deu bem isso não garante que dará certo para você”, avalia Valéria.
A especialista também acredita que, mais importante que criar um e-commerce, é impulsioná-lo independente do negócio. “Por causa do domínio global da internet, muitos donos de estabelecimentos veterinários veem no e-commerce a solução dos problemas, mas acredito que montar uma loja virtual não é vital. O empreendedor de visão sabe que quanto mais ele for visto, maiores as chances de vendas e por isso cria “caminhos” para que o potencial cliente chegue até ele. Vale investir em comunicações digitais, nos canais certos, levando mais clientes até sua loja. Eu mesma possuo muitas conexões empresariais que criei via Facebook. “
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Ronnie
2 abr 2019Thanks for the wonderful guide